Nutrição na Prevenção do Cancro
A prevenção do cancro deriva, em grande parte, dos hábitos quotidianos.
Em Portugal morrem 70 pessoas por dia com cancro, o que significa que, a cada hora que passa, 3 pessoas morrem vítimas da doença. No total, anualmente são registados cerca 25.000 óbitos.
Os cancros que mais matam são os do cólon, da mama, da próstata, do pulmão e do estômago.
Todos os anos, a nível mundial, o cancro contabiliza mais mortes do que a SIDA, a tuberculose e a malária juntos. Estima-se que em 2030, 60 a 70% dos 21,4 milhões de novos casos de cancro ocorrerão nos países em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% de todos os cancros podem ser prevenidos. Outros podem ser detetados numa fase precoce do seu desenvolvimento, sendo eficazmente tratados e estabilizados.
É do conhecimento geral que o cancro é uma das doenças do século. Na verdade, constitui uma epidemia que pode atingir-nos pessoalmente ou a um familiar próximo. Dada a sua gravidade, forte incidência e variedade, o cancro é uma das patologias mais estudadas em todo o mundo. Nesta medida, porque razão se tem o cancro desenvolvido tão rapidamente e destruído tantas vidas? E afinal, o que é o Cancro? Simplificando, é uma proliferação descontrolada de um grupo de células que sofreram alterações ou mutações. Esta mutação perturba severamente a função do tecido ou órgão em causa.
Diariamente ocorrem pequenos erros nas divisões celulares. Contudo, numa situação normal, o sistema imunitário seria capaz de o regular, destruindo as células mutadas (num processo de apoptose) ou neutralizando essas alterações. Já no caso de uma situação oncológica, o sistema imune não foi capaz de combater esta alteração, pelo que o ambiente celular em que estas alterações aconteceram não se revelou favorável à essencial ação imunitária.
A ação de fatores pró-cancerígenos no ambiente celular permite que ao longo de alguns anos pequenos e, depois, maiores grupos de células originem massas tumorais. Após a progressão destas massas, as células alteradas desenvolvem um processo de angiogénese (formação de novos vasos para irrigação sanguínea), que fomentará o processo de metastização (propagação do tecido mutado a outros tecidos do organismo).
A maioria das células cancerosas utiliza o açúcar como “combustível” para obtenção de energia (glicólise). Como resultado final, dá-se a produção exacerbada de ácido lático. A formação deste ambiente ácido, anormal ao bem-estar celular, é um dos fatores pró-cancerígenos mais relevantes.
A predisposição genética pode aumentar a probabilidade da expressão dos genes a funções anómalas, daí que a hereditariedade seja mais um fator pró-cancerígeno que “polui” o ambiente celular. Porém, se esses genes não encontrarem um ambiente propício, não se desenvolverão.
Que fatores estão associados à alteração do ambiente genético e celular? E que aspetos o ajudam a manter-se saudável? De que é que o organismo necessita para se manter estável? A verdade é que ele é muito “modesto” – precisa de muito mas contenta-se com pouco.
A preservação da saúde depende, obviamente, de numerosos aspetos. É essencial alimentar cada órgão e cada sistema orgânico da forma mais adequada. Saber comer, agir, trabalhar, pensar, refletir são fatores determinantes para manter o ambiente celular saudável. Em alguma fase da vida todos pensamos nestes assuntos e ansiamos por reeducar os nossos hábitos. Há muito que devíamos tê-lo feito, mas podemos começar já, sem mais perda de tempo.
Nesta medida, torna-se indispensável perceber que alimentos deterioram diretamente os vários órgãos e de que forma estes mantêm um ambiente pró-cancerígeno inflamatório no sentido de prevenir e tratar atempadamente o cancro. Esta ação trará benefícios a curto e longo prazo, envolvendo processos de desintoxicação face aos comportamentos quotidianos (tabagismo, alimentação pouco saudável, consumo de álcool frequente) potencialmente indutores do cancro. Além disso, permite ativar o sistema imunitário, que combate esta patologia como se de um exército de combatentes se tratasse. Apenas é necessário o fornecimento das armas e do ambiente adequado.
Sócrates dizia: “Existe apenas um bem, o conhecimento; e um mal, a ignorância”. A procura de conhecimento sobre o funcionamento do cancro, bem como uma ALIMENTAÇÃO ANTI-CANCRO, pode fazer toda a diferença.
Os bons hábitos quotidianos conferem a cada pessoa o Poder necessário para lutar.
Lute por si!
Referências bibliográficas:
Kidane et al. (2014) Interplay between DNA repair and inflammation, and the link to cancer. Crit Rev Biochem Mol Biol. 49(2): 116–139.
Kasai, H. (2016) What causes human cancer? Approaches from the chemistry of DNA damage. Kasai Genes and Environment 38:19
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