Incontinência Urinária
Esta patologia afeta principalmente as mulheres, sendo que cerca de 33% das mulheres e 16% dos homens, com mais de 40 anos têm sintomas da doença, segundo dados da Associação Portuguesa de Urologia.
Causas e fatores de risco
Várias causas e fatores de risco (intrínsecos, obstétricos e ginecológicos ou promotores) estão por detrás do desenvolvimento da IU, como:
- Etnia e predisposição familiar (estudos apontam para maior prevalência em caucasianas e latinas);
- Atrofia muscular do esfíncter;
- Gravidez e parto;
- Desequilíbrio hormonal;
- Obesidade;
- Obstipação;
- Infeções do trato urinário;
- Menopausa/andropausa (deficiência hormonal);
- Efeitos colaterais de cirurgias (histerectomia e prostatectomia);
- Prostatite, HBP;
- Medicação;
- Fragilidade do pavimento pélvico, que pode estar associada a exercícios de hiperpressão abdominal, muito frequente em mulheres atletas (profissionais ou amadoras);
- Estilo de vida (tabagismo, tipo de alimentação).
O desequilíbrio hormonal decorrente do processo de envelhecimento, ou por hipogonadismo, poderá potenciar o desenvolvimento da IU, quer no homem, quer na mulher.
Apesar de se tratar de uma situação de Saúde Pública com impacto socioeconómico, poucas pessoas procuram ajuda.
As perdas involuntárias de urina são extremamente comuns. No entanto, e apesar de se tratar de uma situação de Saúde Pública com impacto socioeconómico, poucas pessoas procuram ajuda. Sendo que mesmo as mais pequenas perdas de urina têm implicações na qualidade de vida, atingindo o âmbito físico, social, sexual e psíquico, com repercussões a nível emocional.
Segundo a International Continence Society (ICS), para além de ser um problema de saúde e de higiene, a perda de urina é uma situação com repercussões a nível social e pessoal. Por se tratar da intimidade da pessoa, a IU ainda é encarada como um tabu que condiciona a vida do doente a vários níveis: pessoal, familiar, social e laboral. Este problema pode conduzir a uma fuga do contacto social e ao isolamento, porque está sempre presente o medo e a vergonha de que os outros sintam o cheiro. Pode afetar também a relação conjugal, uma vez que a intimidade do casal é prejudicada. O fator familiar expõe a ideia de que é algo natural e, por isso, deve ser encarado como um fardo. Assim o indivíduo vai protelando a solução e tenta adaptar o seu dia-a-dia, até ao ponto em que começa a estar condicionado pela situação.
Outra causa muito frequente para que a procura de ajuda não seja considerada, é a crença de que a IU está associada ao envelhecimento, é “normal com a idade” e, por esse motivo, não é tratada.
A verdade é que a IU aumenta progressivamente com a idade, e é tratável, muito frequentemente, sem necessidade de intervenção cirúrgica, nem de utilização de fraldas ou pensos.
O método de tratamento* da IU
O tratamento consiste na aplicação de um método não invasivo e indolor, recorrendo à Terapia Laser de Baixa Intensidade, terapêutica medicamentosa, sempre que se verifique necessário, e de exercícios específicos.
Este método permite tratar a IU associada, ou não, à idade, eliminando os sintomas e a necessidade de usar fraldas, pensos ou cuecas especiais, num espaço de tempo consideravelmente curto.
De uma forma geral, em homens e mulheres, o desequilíbrio químico associado à idade compromete todas as funções fisiológicas no organismo, nomeadamente do sistema urogenital.
Consequências da IU
Se não procurar ajuda e não recorrer ao tratamento da IU poderá mais cedo ou mais tarde sofrer de:
- Inflamação do trato urinário (uretrite, cistite, pielonefrite);
- Inflamação da pele na zona genital, provocada pelo contacto constante com urina;
- Aparecimento de fissuras e úlceras cutâneas dolorosas na área genital;
- Isolamento e perda de qualidade de vida, entre outras.
Recomendações
Caso sofra de IU, as seguintes recomendações poderão ajudar a aliviar os sintomas:
- Se tiver excesso de peso, tente voltar ao peso normal para a sua altura – excesso de gordura na região abdominal aumenta a pressão na bexiga e aumenta o esforço dos músculos pélvicos;
- Não fume – a nicotina pode irritar a bexiga e, para fumadores excessivos, a tosse pode contribuir para a incontinência de esforço.
- Evite o consumo de bebidas e alimentos que irritam o tecido da bexiga e causam vazamentos (café, álcool, sumos de citrinos, refrigerantes, comidas fortemente temperadas e picantes);
- Evite o consumo de açúcar (doces, chocolates, etc.), o seu excesso acumulado irrita a bexiga e aumenta os sintomas de incontinência;
- Se sofre de prisão de ventre frequente, consulte o seu médico, que irá ajudar a fazer uma dieta para normalizar o trânsito intestinal;
- Coma mais frutas e vegetais – contêm fibra que melhora o funcionamento do intestino;
- Beba 1,5-2 litros de água por dia;
- Faça exercícios de Kegel, são muito simples e podem ser feitos estando deitado(a) ou sentado(a);
- Procure ajuda profissional.
Uma boa parte dos indivíduos com IU podem ser curados ou melhorar consideravelmente o quadro de incontinência.
O primeiro passo é admitir que há um problema e procurar ajuda médica!
* A terapêutica recomendada exige sempre uma avaliação clínica prévia para a observação da sua indicação.
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