Anorgasmia
Esta disfunção sexual feminina é frequente. Carateriza-se pela ausência de orgasmo mesmo quando há estimulação adequada durante o ato sexual. Além disso, podem aparecer também sintomas de dor no baixo-ventre ou na região anal nas mulheres, o que pode gerar aversão ao contacto sexual.
Existem vários tipos de anorgasmia:
Primária: quando toda a vida erótica da mulher se caraterizou pela ausência de orgasmo no contexto sexual.
Secundária: a mulher costumava sentir orgasmos, mas passou a ter dificuldades em atingir o orgasmo na relação sexual.
Situacional: quando o orgasmo só pode ser alcançado em circunstâncias muito específicas, existem casos em que o prazer ocorre somente durante a masturbação ou sexo oral.
Absoluta: incapacidade de sentir orgasmo em qualquer situação, independentemente do procedimento em causa (auto-estimulação, penetração,…).
Relativa: quando a mulher obtém orgasmos através de um único género de estimulação, bastante concreto.
Causas de origem orgânica
No âmbito das causas, estas podem ter origem orgânica, nomeadamente:
- Condições cardiovasculares;
- Alterações endocrinológicas;
- De caráter neurológico, tal como a presença de: esclerose múltipla, mielites, lesões cirúrgicas ou traumáticas da medula ou do sistema nervoso periférico; que podem induzir a inibição do orgasmo;
- Causas ginecológicas (como por exemplo: má-formação congénita, que pode impedir o acesso ao clitóris ou hipertrofia dos pequenos lábios, que pode encobrir o acesso à vagina);
- Insuficiências hormonais (particularmente Estradiol, Testosterona, Hormona de Crescimento e Hormona Tiroideia).
Podem também ter origem psicológica e/ou relacional, destacando-se: as experiências sexuais e/ou culturais traumáticas, problemas no relacionamento sexual com o parceiro, falta de informação, concentração e estimulação inadequada, tal como monotonia nas relações.